sábado, janeiro 20, 2007

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Devem lembrar-se desta musica de um determinado anuncio televisivo em que a senhora rodopiava pela casa com a sua esfregona.. Mas detorparam a letra. Enfim. Aqui fica. Um excerto da opera "Carmen". Delicioso. Derradeiro.

Paciencia. Tristezas nao pagam dividas.

L'amour est un oiseau rebelle
Que nul ne peut apprivoiser,
Et c'est bien en vain qu'on l'appelle
S'il lui convient de refuser.
Rien n'y fait menace ou prière,
L'un parle bien, l'autre se tait,
Et c'est l'autre que je préfère,
Il n'a rien dit mais il me plaît.
Refrain:
|: L'amour, l'amour, :|
L'amour est enfant de Bohème,
Il n'a jamais jamais connu de loi,
Si tu ne m'aimes pas je t'aime,
Si je t'aime prends garde à toi.
2. L'amour que tu croyais surprendre
Battit de l'aile et s'envola,
L'amour est loin, tu peux l'attendre,
Tu ne l'attends plus, il est là.
Tout autour de toi, vite, vite,
Il vient, s'en va, puis il revient,
Tu crois le tenir, il t'évite,
Tu crois l'éviter, il te tient.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Estou farta de estar na faculdade, de gastar o dinheiros dos meus pais. Queria fazer alguma coisa. Bom, alguma coisa minimamente inteligente. Não é para agora jogar o esforço fora e largar a faculdade.

Não haverá por ai alguém no ciber espaço à procura de quem saiba
Java / javascript/xml /html/css. Alguém à procura de alguém que code por prazer. Que não se importe de ficar até ás 2 da manhã a trabalhar?

Tive 18 à cadeira de Programação II [ POO – java] 17 no exame e 19 no trabalho final.

Estou tentada a fazer o exame da SUN e mexer os catramelos. É capaz de ser mais eficiente que postar num blog que ninguém lê.... Naquela do “diz que sim”.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Não me vou queixar. Até disso estou farta. Acabei finalmente com a minha "não relaçao" e acabo de saber que a minha avó paterna morreu. Não estou nos meus dias.


Oiço a Antena 2... [Escape mil e qualquer coisa. Melodia sem sentido. ]



Houve tempos em que detestei esta musica. Hoje encaixa.

Fácil de Entender
The gift

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o eu queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

[2x]
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

É o amor, que chega ao fim, um final assim,
assim é mais fácil de entender

[2x]
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

sábado, janeiro 06, 2007

Há dias assim, olho para a lombada do “servidão humana” e sinto um arrepio na espinha -Lembro-me de Philip e é como se me olhasse ao espelho.

Um ser encarapinhado e confuso, envergonhado de determinada deficiência física. Curioso mas intrinsecamente inapto, banal!

Algures há um momento no livro onde se raciona que os pobres não podem sofrer de amor. O amor é um passatempo de quem não é obrigado a preocupar-se primeiro com a sobrevivência.

Caem-me lágrimas desajeitadas e pueris. Não há como evitar o inevitável.

Sou absolutamente substituível, absolutamente descartável – irrelevante! Tanto dá como deu o que der.

Não incito felicidade, sou o tédio.

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Devia parar de perder tempo com estas trivialidades de “meia tigela” - a falar bem.

Devia não. Devo. Vou. Vou escrever que vou de vez em quando. Pensar todos os dias. Fazer todos os dias.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

O povo sabe sempre. Há de vir o dia.

terça-feira, janeiro 02, 2007

2007

Olá 2007!!

Aqui sentada no meu computador neanthertal ninguém diria com este sorriso estonteante a altas horas da noite que passei uma semana no in(f)Verno algarvio! Tenho a cabeça a andar à roda. Quando abri a caixa do e-mail tinha perto de 500 e-mails espalhados pelas 4 contas mais ou menos com propósitos ou contextos temporais distintos.

Com as “milhentas” newsleters de variados jornais e revistas de diferentes orientações temáticas e ideológicas vi a ultima semana passar-me (literalmente) debaixo dos olhos em segundos.

Achei especial piada ao facto de o banner da manchete que abarcava tantos agoiros jornalísticos acerca do endividamento das famílias ser precisamente um incentivo ao credito!

Quer uma televisão nova? Um carro novo? Uma casa? Anda a comer menos pastilhas? Precisa de umas cuecas novas? Nós temos a resposta! Você merece mudar de ceroulas! Ohh amigo não se iniba, nós não queremos saber se você habita uma barraca e quer instalar a parabólica! Isto aqui é o real facilitismo. Para que você pague 20 % de juros até convencemos um gajo arrojado a posar vestido de coelhinha com maquilhagem a condizer.

Enfim...

Desejos para 2007:

Um conjunto de fato e gravata para Portugal. (não faz mal ainda não termos as cuecas, se todos pensarem que estamos integralmente vestidos a avó de alguém há de nos oferecer pelo menos 2 pares no próximo natal! )
Um chapéu e nariz de palhaço para o papa! Cremos nós que aquelas ideias ... que cito “o aborto, a eutanásia e as pesquisas sobre embriões são atentados à paz ” só podem ser para uma piada!! Diga-se, superada apenas pela existência de armas de destruição maciça no Iraque (será que ele andou a tramar isto com o Buch? )
Mais 5 pontos de QI para a população portuguesa. ( Será que depois disto se eu contar até 3 deixam de cantar a musica da floribela? )
(Des) complicação! Que em 2008 eu reze ao meu altar do Lewis Carrol enquanto o vizinho do lado dá graças a Alá ou Jeová, Xiva, Brama, Cali...
Menos mesquinhice! Quero lá saber se o Pinto da Costa vai ás P*, o homem levou o Porto à gloria e o nome de Portugal ao mundo. A carolina que se dedique ás postas de bacalhau. (parece que as atira muito bem!..) Sejam felizes! Em paz... em paz...

Vida longa e próspera ao GOOGLE e à SUN, pelo facto de terem providenciado a pés descalços como é o caso da minha pessoa, acesso a conteúdos educacionais inteiramente grátis e de elevada qualidade.

Circula por ai um pessimismo arrasador. As pessoas bufam na rua! Galgam os corredores das estações entre arrelias e encontrões e eu também! Nunca me tinha apercebido quanto disso tem a ver com o facto de se fazer tanta publicidade à má disposição. Para onde quer que olhe, sou bombardiada por cartazes, banners, trocos de texto, imagem e som que me dizem que não sou tão feliz como podia ser. Que sou menos que alguém. Que estou errada. Que sou feia. Que tenho pelos a mais, roupa a menos, que estou presa neste pais de eternos incipientes.

Filhos da Pérsia! Não quero! Afinal a liberdade não acaba nos direitos dos outros. O que me estão a tentar vender é que:
a liberdade acaba nos olhos dos outros pois gritem a vossa superioridade absoluta em coisa que nada importa... então?

Não quero as cuecas. Não quero! Larguem-me! Não quero ser católica. Nem quero ser muçulmana. Não quero Deus para nada! Larguem-me! Agora estou de olhos postos nisto, não quero o vosso aquilo. Quando quiser procuro.




Esqueci-me de fazer pé coxinho no ano novo. Entrei em 2007 com os dois pés bem assentes na terra de copo de vinho do porto na mão a brindar numa sala pequena abraçada pelo calor da lareira e o ruído da televisão, mas consegui arrancar alegria há minha mãe, por isto valeu a pena. Foi melhor que passas num jantar de gala. Não tentando sustentar que não seria maravilhoso, mas unicamente porque parece que quanto mais velha fico mais acredito que o que conta realmente para a felicidade, não são as coisas que temos! É antes o que fazemos com elas e como sabemos partilha-las com as pessoas que são importantes para nós.