sábado, janeiro 06, 2007

Há dias assim, olho para a lombada do “servidão humana” e sinto um arrepio na espinha -Lembro-me de Philip e é como se me olhasse ao espelho.

Um ser encarapinhado e confuso, envergonhado de determinada deficiência física. Curioso mas intrinsecamente inapto, banal!

Algures há um momento no livro onde se raciona que os pobres não podem sofrer de amor. O amor é um passatempo de quem não é obrigado a preocupar-se primeiro com a sobrevivência.

Caem-me lágrimas desajeitadas e pueris. Não há como evitar o inevitável.

Sou absolutamente substituível, absolutamente descartável – irrelevante! Tanto dá como deu o que der.

Não incito felicidade, sou o tédio.

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Devia parar de perder tempo com estas trivialidades de “meia tigela” - a falar bem.

Devia não. Devo. Vou. Vou escrever que vou de vez em quando. Pensar todos os dias. Fazer todos os dias.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

O povo sabe sempre. Há de vir o dia.

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